Você está no site em ambiente de homologação, apenas para testes.

Notícias

Sociedade de Oncologistas entra com representação no MPF contra portaria que retira da tabela do SUS procedimento indispensável ao tratamento do câncer de cabeça e pescoço

Notícias Quinta, 08 Outubro 2015 12:14

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) acaba de entrar com uma representação no Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG) contra a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC) e o senhor Secretário de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde. O referido secretário expediu a portaria nº 20, de 27 de maio 2015, com base no parecer da CONITEC que exclui da tabela do SUS o procedimento de quimioterapia adjuvante (030405164) em casos de câncer de cabeça e pescoço.

A representação foi protocolizada na quarta-feira (07) pela gerente jurídica da SBOC, Lúcia M.P. Freitas visando a suspensão dos efeitos da referida portaria e sua final anulação por falta de lastro e fundamento técnico científico adequado. Em razão da gravidade das consequências que a portaria 20 pode trazer aos pacientes oncológicos, a gerente jurídica requereu, ainda, que a representação tramitasse em regime de urgência.

A quimioterapia adjuvante é aquela que é feita após o tratamento cirúrgico, normalmente junto com a radioterapia e tem como objetivo evitar a recaída da doença.

A CONITEC elaborou um documento, sem assinatura, com um parecer favorável à retirada do procedimento. “A quimioterapia adjuvante é um procedimento necessário e benéfico, com ganho de sobrevida em 5 anos da ordem de 10 a15%. O parecer da CONITEC contém muitos erros”, explica o oncologista e diretor da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Alexandre Fenelon.

“O estudo se baseia em metanálises atuais. É um relatório tecnicamente equivocado. É um crime porque a sobrevida pode chegar a 5 anos com a quimioterapia adjuvante”, comenta Evanius Wiermann, presidente da SBOC.

No ano passado foram realizados no país 4500 procedimentos quimioterápicos adjuvantes, o que equivale a 1mil a 1500 pacientes.

Câncer de cabeça e pescoço

Os tumores de cabeça e pescoço podem se desenvolver na cavidade oral, nasofaringe, orofaringe, hipofaringe, laringe, cavidade nasal e seios paranasais, glândulas salivares, que são áreas responsáveis por funções como a fala, deglutição, respiração, paladar, olfato e outros.

Considerada a quinta neoplasia mais comum no mundo, os números da doença são alarmantes. Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer José de Alencar) , em 2015, o número de novos casos deve ser superior a 19 mil e 600 mil pessoas em todo o mundo.

A falta de informação é um dos fatores que mais agravam a ocorrência destes cânceres. No Brasil, 70% dos pacientes diagnosticados com a doença de cabeça e pescoço já estão em estágio avançado. Quando diagnosticado em estágio inicial, a possibilidade de cura desse tipo de câncer chega a 80%. Maus hábitos como beber e fumar multiplicam em até 20 vezes a chance de uma pessoa saudável desenvolver a doença nestes locais. Estudos epidemiológicos demonstram que a exposição ao tabaco e ao álcool são os principais fatores causais associados ao desenvolvimento do carcinoma espinocelular, que é o tumor mais frequente do trato aerodigestivo superior.

Última modificação em Segunda, 05 Setembro 2016 18:17

Pesquisar

Console de depuração do Joomla!

Sessão

Informação do perfil

Memória Utilizada

Consultas ao banco